Interculturality, Indigenous Schools, and Resistance: Indigenous School Education in Rio Grande do Norte
Keywords:
Bilingualism/Multilingualism, Indigenous Knowledge, Intercultural Education, Land, TerritorialityAbstract
This article aproach the implementation of indigenous school education in Rio Grande do Norte, problematizing the connections between indigenous schools, territoriality, and knowledge production. Based on the concepts of interculturality as a “life practice” (Luciano, 2006), "territorialized education" (Xakriabá, 2008), and the land as the "first teacher" (Styre, 2011), the field research conducted in 2022 and 2023 included semi-structured interviews with school administrators and indigenous leaders from seven communities, as well as consultations with official educational data. The research revealed the progress in the implementation of differentiated curricula in some schools, with an emphasis on subjects such as Tupi, Ketsekrá, and Ethnohistory, and thematic discussions on graphics and indigenous science. There are still challenges in building an intercultural education that reflects the processes of knowledge transmission and the appropriation of schooling in indigenous communities, as well as in the struggles for territorial demarcation.
References
BASSO, Keith. Wisdom sits in places: Landscape and language among the western Apache. Albuquerque: University of New Mexico Press, 1996.
BERGAMASCHI, Maria Aparecida; MEDEIROS, Juliana Schneider. História, memória e tradição na educação escolar indígena: o caso de uma escola Kaingang. Revista Brasileira de História, São Paulo, vol. 30, nº 60, p. 55-75, dez. 2010. https://doi.org/10.1590/S0102-01882010000200004.
BLASER, Mario; DE LA CADENA, Marisol. PLURIVERSE: Proposals for a World of Many Worlds. In: DE LA CADENA, Marisol; BLASER, Mário; (eds). A World Of Many Worlds. Durham and London: Duke University Press, 2018, p. 1-22.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 5, de 22 de junho de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Brasília: MEC/CNE, 2012. Disponível em: https://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11074-rceb005-12-pdf&category_slug=junho-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 20 set. 2022.
BRASIL. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. –Brasília MEC-SEF, 1998.
Diretrizes para a Política Nacional de Educação Escolar / Elaborado pelo comitê de Educação Escolar Indígena. - 2ed. Brasília: MEC/ SEF/DPEF, 1994. 24 p.
CHIBLOW, Susan; MEIGHAN, Paul J. Language is land, land is language: The importance of Indigenous languages. Human Geography, vol. 15, nº 2, p. 1-5, jun, 2021. https://doi.org/10.1177/19427786211022899.
COSTA, D. B. da. Educação escolar indígena no território Mendonça Potiguara. 115f. (Dissertação de Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55045. Acesso em: 10 mar. 2024.
DE LA CADENA, M. INDIGENOUS COSMOPOLITICS IN THE ANDES: Conceptual Reflections beyond ‘Politics’. Cultural Anthropology, Arlington, vol. 25, nº 2, p. 334-370, maio. 2010. https://doi.org/10.1111/j.1548-1360.2010.01061.x.
DE LA CADENA, M. The production of other knowledges and its tensions: from Andeanist anthropology to Interculturalidad? Journal of the World Anthropology Network, n. 1, p. 13-33, jun, 2005. Disponível em: http://www.ram-wan.net/old/documents/05_e_Journal/journal-1/4.marisol.pdf. Acesso em: 12 mar. 2024.
DURAZZO, L. A cosmopolitical education: Indigenous language revitalization among Tuxá people from Bahia, Brazil. Globalizations, vol. 21, n. 2, p. 404–420, 2024. https://doi.org/10.1080/14747731.2022.2065049.
ESCOBAR, A. Territorios de Diferencia: La ontología política de los ‘derechos al territorio’. Cuadernos de antropología Social, Buenos Aires, vol. 41, p. 25-37, jun, 2015. https://doi.org/10.34096/cas.i41.1594.
ESCOBAR, A. Designs for the pluriverse: Radical interdependence, autonomy, and the making of worlds. Durham and London: Duke University Press, 2018.
FELD, S.; BASSO, K.; (eds.). Introduction. In: FELD, S.; BASSO, K.; (eds.). Senses of place. Santa Fé: School of American Research Advanced Seminar Series. Seattle: distributed by the University of Washington Press 1996, p. 3-10.
FOUCAULT, Michel. Power/knowledge: selected interviews and other writings. Nova York: Pantheon Books, 1980.
GALLOIS, Dominique Tilkin. Terras ocupadas? Territórios? Territorialidades? In: RICARDO, F. (org.). Terras Indígenas & Unidades de Conservação da natureza: o desafio das sobreposições territoriais. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004, p. 37-41.
GRUPIONI, L. D. B. Do nacional ao local, do federal ao estadual: as leis e a educação escolar indígena. In: GRUPIONI, Luis Donizete B.; SECCHI, Darci; GUARANI, Vilmar; (orgs). Painel V. Legislação escolar indígena. 2002, p. 130-136. Disponível em: http:/portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol4c.pdf. Acesso em 20 abr. 2022.
LITTLE, P. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Anuário Antropológico, Brasília, vol. 28, n. 1, p. 251-290, 2018. Disponível em: https:/periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6871. Acesso em: 09 mai. 2020.
LUCIANO, G. J. S. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério de Educação, 2006.
LUCIANO, G. J. S. Língua, educação e interculturalidade na perspectiva indígena. Revista de Educação Pública, Cuiabá, vol. 26, n. 62/1, p. 295–310, 2017. Disponível em: https:/periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/4996. Acesso em: 23 abr. 2024.
MADDEN, B. Pedagogical pathways for Indigenous education with/in teacher education. Teaching and Teacher Education, v. 51, p. 1-15, 2015. https://doi.org/10.1016/j.tate.2015.05.005.
MARTINS, D.; TOMAZ, V. “Eu penso que o nosso está a nossa cara”: o currículo escolar indígena como um projeto de educação intercultural. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, Paranaíba, v. 14, n. 41, p. 92-113, 2024. https://doi.org/10.61389/inter.v14i41.7519.
MEYER, M. A. Indigenous and Authentic: Hawaiian Epistemology and the Triangulation of Meaning. In: DENZIN, N.; LINCOLN, Y. S.; SMITH, L. T.; (eds.). Handbook of Critical and Indigenous Methodologies, London: Sage, 2008, p. 217–232.
PIRES, M. I. C. “Guerra dos Bárbaros”: resistência indígena e conflitos no nordeste colonial. Recife: FUNDARPE, 1990.
PUNTONI, P. A guerra dos Bárbaros: povos indígenas e a colonização do sertão nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo: Hucitec/Edusp, 2002.
SAMPAIO, J. A. L. O ‘resgate cultural’ como valor: reflexões antropológicas sobre a formação de professores indígenas. In: GRUPIONI, Luis Donizete B.; (org.). Formação de professores indígenas: repensando trajetórias. Brasília: MEC/SECADI, 2006, p. 165-174.
SANTOS, T. C. “Não há conflito se for feita releitura”: a experiência escolar dos Potiguara do Catu no contexto de convivência intercultural numa escola não indígena (Goianinha/RN, 2015-2019). 120f. (Dissertação de Mestrado Profissional em Ensino de História - Profhistoria) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
SATERÉ MAWÉ, S. Defender a “Mãe Terra” é cuidarmos de nós mesmos. Estadão, São Paulo, 01 agosto 2023. Na Perifa. Disponível em: https://expresso.estadao.com.br/naperifa/defender-a-mae-terra-e-cuidarmos-de-nos-mesmos/. Acesso em: 13 mai. 2024.
SECCHI, D. Apontamentos acerca da regularização das escolas indígenas. In: GRUPIONI, Luis Donizete B.; SECCHI, Darci; GUARANI, Vilmar; (orgs). Painel V. Legislação escolar indígena. 2002, p. 136-142. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/vol4c.pdf. Acesso em 20 abr. 2022.
STYRES, S. D. Land as First Teacher: A Philosophical Journeying. Reflective Practice, vol. 12, n. 6, p. 717–731, dez, 2011. https://doi.org/10.1080/14623943.2011.601083.
STYRES, S.; HAIG-BROWN, C.; BLIMKIE, M.. Toward a Pedagogy of Land: The Urban Context. Canadian Journal of Education/Revue canadienne de l’éducation, [S. l.], v. 36, n. 2, p. 34–67, 2013. Disponível em: https://journals.sfu.ca/cje/index.php/cje-rce/article/view/1293. Acesso em: 06 jun, 2024.
TASSINARI, A. A Educação Escolar Indígena no Contexto da Antropologia Brasileira. Ilha – Revista de Antropologia, Florianópolis, vol. 10, n. 1, p. 217-244, 2008. https://doi.org/10.5007/2175-8034.2008v10n1p217.
TASSINARI, A. Escola indígena: novos horizontes teóricos, novas fronteiras de educação. In: SILVA, A. L.; FERREIRA, M. K. L.; (org). Antropologia, História e Educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global, 2001, p. 44-70.
TUCK, E.; MCKENZIE, M.; MCCOY, K. Land Education: Indigenous, Post-Colonial, and Decolonizing Perspectives on Place and Environmental Education Research. Environmental Education Research, vol. 20, n. 1, p. 1–23. 2014. https://doi.org/10.1080/13504622.2013.877708.
XAKRIABÁ, C. N. C. O Barro, o Genipapo e o Giz no fazer epistemológico de Autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada. 218f. (Dissertação de Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais) – Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.