“Tive medo, mas como o tempo fui driblando os obstáculos": narrativa e constituição identitária docente
DOI:
https://doi.org/10.5935/2238-1279.20240012Palavras-chave:
Identidade profissional docente, Desenvolvimento profissional de professores, Profissionalização docenteResumo
Temos o entendimento de que as experiências vividas podem se configurar em uma potente fonte de aprendizagem e de desenvolvimento; bem como que a narrativa delas é fundamental para nossa constituição como seres e para a construção de nossas identidades. Partindo de tais premissas, entre outras, trazemos no presente artigo um substrato da investigação, em andamento, que envereda pelos caminhos da pesquisa narrativa, desenvolvida de forma coletiva, no âmbito do Grupo de Pesquisa XXX, que tem como objetivo principal compreender as características constituintes da identidade e profissionalidade docente, envolvendo aspectos da formação e do desenvolvimento profissional em diferentes níveis de ensino, com a produção dos dados realizada com o uso de cartas. Nesse cenário, a discussão ora trazida apresenta as impressões coletadas com uma das participantes do estudo em pauta, que nos permitiu refletir sobre as vicissitudes da carreira docente, os seus altos e baixos, o confronto entre a idealização e a realidade, as conquistas e as angústias da profissão, assim como os caminhos, por vezes tortuosos, que são trilhados até a estabilização profissional.
Referências
CLANDININ, D. Jean; CONNELLY, F. Michel. Pesquisa narrativa: experiências e histórias na pesquisa qualitativa. 2. ed. Trad. Grupo de Pesquisa Narrativa e Educação de Professores (ILEEL/UFU). Uberlândia: EDUFU, 2015.
DELORY-MOMBERGER, Christine. Fundamentos epistemológicos da pesquisa biográfica em educação. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 27, n. 1, p. 333-346, abr. 2011. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/v27n01/v27n01a15.pdf. Acesso em: 20 out. 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis: cartas pedagógicas e outros escritos. Organização e apresentação Ana Maria Araújo Freire. São Paulo: UNESP, 2001.
¬FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 10. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
GARCIA, Carlos Marcelo. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.
GARCIA, Carlos Marcelo. O professor iniciante, a prática pedagógica e o sentido da experiência. Revista Brasileira sobre Formação Docente, v. 2, n. 3, p. 11-49, ago./dez. 2010. Disponível em: https://revformacaodocente.com.br/index.php/rbpfp/article/view/17. Acesso em: 25 jul. 2023.
LANI-BAYLE, Martine. Narrativas de vida: motivos, limites e perspectivas. In: PASSEGI, Maria da Conceição; ABRAHÃO, Maria Helena Mena Barreto(org.). Pesquisa (auto)biográfica: temas transversais - dimensões epistemológicas e metodológicas da pesquisa (auto)biográfica. Natal: EDUFRN; Porto Alegre: EDIPUCRS; Salvador: EDRNEB, 2012. p. 59-78.
LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Trad. Cristina Antunes e João Wanderley Geraldi. 6. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
NÓVOA, Antonio. Os professores e as histórias da sua vida. In: NÓVOA, Antonio (org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto, PT: Porto, 2007. p. 11-25.
NÓVOA, Antonio. Não há conhecimento sem conhecimento de nós mesmos. In: VICENTINI, Adriana Alves Fernandes; EVANGELISTA, Francisco (org.). Um baú de histórias: narrativas e formação. Campinas: Mercado das Letras, 2014. p. 9-11.
OLIVEIRA, Maria Claudia Santos Lopes. Narrativas e desenvolvimento da identidade profissional de professores. Caderno Cedes, Campinas, v. 32, n. 88, p. 369-378, set./dez. 2012.
PÉREZ GÓMEZ, Angel. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, António (org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. p. 93-114.
QUINTANA, Mário. Poesia completa. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguiar, 2006.
AUTORIA, 2018.
AUTORIA. 2021.
AUTORIA. 2020.
AUTORIA. 2023.
RIO DE JANEIRO, Minas. Direção de arte: Kátia Coelho. Roteiro: Marily da Cunha Bezerra. 1991. 8 min. Disponível em: https://portacurtas.org.br/filme/?name=rio_de_janeiro_minas. Acesso em: 20 jun. 2023.
SCHÖN, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António (org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
SOLIGO, Rosaura. Uma forma narrativa privilegiada na pesquisa: a carta. In: BRAGANÇA, Inês Ferreira de Souza; NACAYAMA, Bárbara Cristina Moreira Sicardi; TINTI, Douglas da Silva (Org.). Narrativas, formação e trabalho docente. Curitiba: CVR, 2018. p. 63-76.
VALLE, Ione Ribeiro. Carreira do magistério: uma escolha profissional deliberada? Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 87, n. 216, p. 178-187, maio/ago. 2006. Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/article/view/1416. Acesso em: 25 jul. 2023.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.