Trabalho e Saúde Docente no Jogo Biopolítico das Reformas Educacionais
Resumo
O artigo problematiza os modos como as políticas educacionais contemporâneas, emanadas do estado brasileiro, instituem a qualidade da educação via elevação de resultados e governam condutas docentes. Por meio de uma pesquisa cartográfica feita com professoras que atuam em escolas públicas do Estado do Rio Grande do Sul (RS, Brasil), situadas em municípios da região da Campanha Gaúcha, propõem-se uma análise dos processos de recontextualização das políticas educacionais brasileiras, criadoras de um jogo biopolítico de responsabilização aos moldes empresariais, no qual cobra-se dos docentes o êxito dos desempenhos estudantis nas avaliações nacionais à mercê da precarização das condições de trabalho e de situações de adoecimento. Os relatos das professoras expõem os baixos salários e a instabilidade do vínculo empregatício que levam à sobrecarga de atividades em razão da necessidade de complementar a renda familiar, fatores conjugados ao controle do trabalho docente. Assim, são fabricadas políticas ambíguas de profissionalização/desprofissionalização docente. Palavras-chave: Biopolítica. Políticas educacionais. Trabalho e saúde docente.Downloads
Publicado
04-09-2020
Como Citar
Voss, D. M. S. (2020). Trabalho e Saúde Docente no Jogo Biopolítico das Reformas Educacionais. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 18(52), 358–377. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/6252
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Seção
Artigos