Conversas curriculares de matemática da EJA
formação docente e construção coletiva de currículos outros
Palabras clave:
Educação de Jovens, Adultos e Idosos, Formação docente em Matemática. , Currículos de Matemática. , Perspectivas decoloniais.Resumen
Neste artigo apresentamos análises de narrativas de docentes, captadas em uma atividade desenvolvida em um curso de formação docente que teve como foco a temática currículos da área de matemática para a Educação de Jovens, Adultos e Idosos. Nestas discussões objetivamos destacar as percepções de docentes sobre currículo, articuladas aos seus entendimentos sobre como construí-lo de forma coletiva e decolonialista. Apresentamos também algumas perspectivas decoloniais que colaboram para uma formação de professores de Matemática mais plural e diversificada. Destacamos, em seguida, a estruturação do curso "Saberes, currículos e práticas pedagógicas em matemática na Educação de Jovens e Adultos", e algumas conversas curriculares com os docentes que lecionam Matemática na EJA.Citas
BOTINI, M. F. O currículo experienciado pelo estudante da EJA: estudo de caso no município de Cachoeiras de Macacu, 2019. 112 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer nº 11, de 10 de maio de 2000. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
CAVALCANTE, J. Educação de Jovens e Adultos na ordem pós-democrática: desaparecimento da modalidade e invisibilidade institucional. e-Curriculum, São Paulo, v. 17, n. 3, pp. 1123-1143, 2019.
CLARETO, S. Conhecimento. Inventividade e experiência: Potências do pensamento Etnomatemático. In: FANTINATO, M. C.; VARGAS FREITAS, A. A perspectiva decolonial da etnomatemática como movimento de resistência. Revista de Educação Matemática, [S. l.], v. 18, Edição Esp., p. e021036, 2021. DOI: https://doi.org/10.37001/remat25269062v18id629. Acesso:10 fev. 2023.
D´AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 2001.
DIAS, J. C. M. “A gente nunca acha que é demais aprender”: Educação de Jovens e Adultos: motivações de idosos para buscarem formação escolar em Macaé-RJ, 2020. 161f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.
DOMITE, M. C. S. Da compreensão sobre formação de professores e professoras numa perspectiva etnomatemática. In: KNIJNIK, G.; WANDERER, F.; OLIVEIRA, C. J. (org.) Etnomatemática: currículo e formação de professores. Santa Cruz do Sul: Edunisc. 2004, pp. 419-431.
FANTINATO, M. C. A construção de saberes matemáticos entre jovens e adultos do Morro de São Carlos. Rev. Bras. Educ., Brasília, v. 27, pp. 109-124, 2004.
FANTINATO, M. C.; FREITAS, A. V. A perspectiva decolonial da etnomatemática como movimento de resistência. Revista de Educação Matemática, [S. l.], v. 18, Edição Esp., pp. e021036, 2021. DOI: https://doi.org/10.37001/remat25269062v18id629. Acesso em: 11 fev. 2023.
FANTINATO, M. C.; FREITAS, A. V.; DIAS, J. C. M. "Não olha para a cara da gente": ensino remoto na EJA e processos de invisibilização em contexto de pandemia. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, v. 13, n. 1, pp. 104-124, 2020.
FREITAS, A. V. (org.). Questões curriculares e Educação matemática na EJA: desafios e propostas. São Paulo: Paco Editorial, 2018.
FREITAS, A. V. Educação Matemática e Educação de Jovens e Adultos: estado da arte de publicações em periódicos (2000 a 2010), 2013. 360 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013.
GIRALDO, V. Formação de professores de matemática: para uma abordagem problematizada. Cienc. Cult. [On-line]. 2018, v. 70, n.1, pp. 37-42. DOI: http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602018000100012. Acesso em: 12 fev. 2023.
GOODSON, I. F. (org.). Currículo, narrativa pessoal e futuro social. Tradução de Henrique Caldas Carvalho. Revisão da tradução de Maria Inês Petrucci-Rosa e José Pereira de Queiroz. Campinas: Editora Unicamp, 2019.
KNIJNIK, G. “A vida deles é uma matemática”: regimes de verdade sobre a educação matemática de adultos do campo. Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 10, n. 1 pp. 56-61, 2006.
KNOPP, I.; GIRALDO, V.; ARAÚJO, V. H. Q.; NETO, C. D. C. Formação inicial de professores de matemática(s): um olhar decolonial sobre as mudanças de perspectivas dos estudantes. Revista Paranaense de Educação Matemática, [S. l.], v. 9, n. 19, p. 74–94, 2020.
LOPES, A. C.; MACEDO, E. Teorias de currículo. São Paulo: Cortez, 2011.
MALDONATO-TORRES, N. Thinking through the decolonial turn: post-colonial interventions in theory, philosophy and critique - an introduction. Transmodernity: Journal of Peripheral Cultural Production of the Luso-Hispanic World, v. 1, n. 2, 1-15, 2007.
MONTEIRO, A.; MENDES, J. R. A etnomatemática no encontro entre práticas e saberes: Convergências, tensões e negociação de sentidos. Revista Latinoamericana de Etnomatemática Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática, [S. l.], v. 7, n. 3, p. 55-70, 2014.
MOREIRA, A. F.; CANDAU, V. M. Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes.
PACHECO, J. A. Escritos Curriculares. São Paulo: Cortez, 2005.
POWELL, A. B.; FRANKENSTEIN, M. Ethnomathematics: Challenging Eurocentrism in Mathematics Education, Albany: State University of New York, 1997.
RIBEIRO, W. G.; CRAVEIRO, C. B. Precisamos de uma Base Nacional Comum Curricular? Linhas Críticas, Brasília, v.23, n. 50, pp. 51-69, 2017.
RIBEIRO, W. G.; FREITAS, A. V. Pensando em diferenças e em educação nas disputas pela Base Nacional Comum Curricular. In: FREITAS, A. V. (org.). Questões curriculares e educação matemática na EJA: desafios e propostas. Jundiaí: Paco, 2018, pp. 37-55.
RODRIGUES, A.; GARCIA, A. As conversas nas produções de políticas curriculares cotidianas. Espaço do Currículo, [S. l.], v. 9, n. 3, pp. 423-437, 2016.
RODRIGUES, R. L. Estado e políticas para a educação de jovens e adultos: desafios e perspectivas para um projeto de formação humana. In: SOARES, L. et al. (org.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: Educação de Jovens e Adultos, Educação de Pessoas com Deficiências, Altas Habilidades e Condutas Típicas, Educação do Campo Educação, Gênero e Sexualidade, Educação Indígena, Relações Raciais e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, pp. 44-59.
RUMMERT, S. M.; VENTURA, J. P. Políticas públicas para educação de jovens e adultos no Brasil: a permanente (re)construção da subalternidade: considerações sobre os Programas Brasil Alfabetizado e Fazendo Escola. Educar, Curitiba, v. 29, pp. 29-45, 2007.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
SILVA, M. A. Currículo, Educação Matemática, Política e Podres Poderes. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 12, n. 1, pp. 9-28, 2021.
SILVA, M. A. Currículo de Matemática do Ensino Médio: em busca de critérios para escolha e organização de conteúdos, 2009. 248 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA - SBEM. Proposta do curso de extensão - Educação de Jovens e Adultos: saberes, currículos e práticas pedagógicas em matemática. Elaborada pelo Grupo de Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos (GPEJA), 2021.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
THEES, A. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Revista de Educação Matemática, [S. l.], v. 18, n. Edição Esp., pp. e021048, 2021. DOI: https://doi.org/10.37001/remat25269062v18id629. Acesso em: 12 fev. 2023.
XAVIER, F. J. R.; FREITAS, A. V. Cotidianos na EJA da zona rural cearense: construindo currículos e interrogando a docência em Matemática. Revista Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, v. 11, n. 2, pp. 265-282, 2021.
