Trabalho e Saúde Docente no Jogo Biopolí­tico das Reformas Educacionais

Autores

  • Dulce Mari Silva Voss Universidade Federal do Pampa

Resumo

O artigo problematiza os modos como as polí­ticas educacionais contemporâneas, emanadas do estado brasileiro, instituem a qualidade da educação via elevação de resultados e governam condutas docentes. Por meio de uma pesquisa cartográfica feita com professoras que atuam em escolas públicas do Estado do Rio Grande do Sul (RS, Brasil), situadas em municí­pios da região da Campanha Gaúcha, propõem-se uma análise dos processos de recontextualização das polí­ticas educacionais brasileiras, criadoras de um jogo biopolí­tico de responsabilização aos moldes empresariais, no qual cobra-se dos docentes o êxito dos desempenhos estudantis nas avaliações nacionais à mercê da precarização das condições de trabalho e de situações de adoecimento. Os relatos das professoras expõem os baixos salários e a instabilidade do ví­nculo empregatí­cio que levam à sobrecarga de atividades em razão da necessidade de complementar a renda familiar, fatores conjugados ao controle do trabalho docente. Assim, são fabricadas polí­ticas ambí­guas de profissionalização/desprofissionalização docente. Palavras-chave: Biopolí­tica. Polí­ticas educacionais. Trabalho e saúde docente.

Biografia do Autor

Dulce Mari Silva Voss, Universidade Federal do Pampa

Doutora em Educação.Professora Adjunta da Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA/Campus Bagé. Docente Permanente do Programa de Mestrado Acadêmico em Ensino, PPGMAE/UNIPAMPA. Lí­der do Grupo de Pesquisa Philos Sophias.

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Publicado

04-09-2020

Como Citar

Voss, D. M. S. (2020). Trabalho e Saúde Docente no Jogo Biopolí­tico das Reformas Educacionais. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 18(52), 358–377. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/6252

Edição

Seção

Artigos