Ciberterritorialidades: tensões no cotidiano escolar e linhas de fuga traçadas por docentes e discentes
Résumé
As relações espaço-temporais, alteradas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), e o modo como essas adentram na escola é objeto de atenção neste artigo, que apresenta resultados de uma pesquisa que se propôs a cartografar territorialidades docentes e discentes no uso das TIC. Em um exercício interdisciplinar, buscou-se as contribuições de autores/as do campo da Geografia, da Comunicação e da Educação. O estudo, de abordagem qualitativa, teve como campo uma escola que funciona em tempo integral e possui projeto pedagógico voltado para o uso das tecnologias. Os sujeitos participantes foram docentes e discentes do 9º ano do Ensino Fundamental. O material empírico foi produzido por meio de observação e entrevistas e, para a análise, foi acionado o conceito de rizoma dos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guatarri. Os resultados evidenciam que docentes e discentes se apropriam do território virtual. Foi possível capturar nos modos pelos quais os sujeitos se apropriam das TIC na vida cotidiana, incluindo o tempo em que permanecem na escola, a prática de ciberterritorialidades nas quais se engendram tensões nas demarcações feitas pela forma escolar e linhas de fuga, possibilitadas pelo uso das TIC. As conclusões indicam que o debate das TIC na educação ultrapassa a perspectiva de seu uso como ferramenta pedagógica no reconhecimento de que as mesmas se enredam numa complexidade de relações culturais, temporais e espaciais. Palavras-chave: Educação. Ciberterritorialidade. Cultura. Tecnologias da Informação e Comunicação. Abstract The space-times relationships altered by the Information and Communication Technologies (ICT) and the way in which they go into the school is the subject of attention in this article that presents results of a research that proposed to map the territorialities of teachers and students in the use of ICT. In an interdisciplinary exercise, we sought contributions from authors in the fields of Geography, Communication and Education. The qualitative study was based on a school that works full time and has a pedagogical project focused on the use of technologies. The subjects were teachers and students of the 9th grade of Elementary School. The empirical material was produced through observation and interviews and for the analysis, it was used rhizome"s concept of the philosophers Gilles Deleuze and Félix Guatarri.The results show that teachers and students take ownership of the virtual territory. It was possible to capture in the ways in which subjects take ownership of ICTs in everyday life, including the time they remain in school, cyberterritorialities practices in which tensions are generated in the demarcations made by school form and the lines of escape, made possible by the use of ICT. The conclusions indicate that the ICT debate in education goes beyond the perspective of its use as a pedagogical tool, recognizing that they are entangled in a complexity of the cultural, temporal and spatial relationships. Keywords: Education. Cyberterritorialities. Culture. Information and Communication Technologies.Téléchargements
Publié-e
2019-02-21
Comment citer
Almeida, K. N. de, Netto, C. M., & Souza, M. C. R. F. de. (2019). Ciberterritorialidades: tensões no cotidiano escolar e linhas de fuga traçadas por docentes e discentes. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 16(43), 72–94. Consulté à l’adresse https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/5810
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Artigos