Gênero não tem cabimento, nem nunca terá: ensino de biologia e a relação natureza e cultura
Resumen
Este texto é uma reflexão sobre gênero e divisão natura e cultura no ensino de biologia inspirada pela crítica queer e complicada por perspectivas pós-humanas e neomateriais. Ele foi produzido a partir da experiência do autor em lecionar em um curso de formação de professores de biologia e após ter sido interpelado pela seguinte pergunta: o que cabe de gênero no ensino de biologia? Na busca por examinar os fundamentos dessa interrogação, o argumento é organizado em duas partes. Na primeira, explora-se como o desencantamento da relacionalidade natureza e cultura, apagada como possibilidade nos estudos de gênero, é um dos nomes do trator desenvolvimentista que converte a primeira em limitação e em recurso. Na segunda parte, percorrem-se possibilidades do ensino de biologia recompor conexões e reativar múltiplas e heterogêneas camadas das relações natureza e cultura a partir da irrupção de estranha intimidade entre espécies diante da temporalidade reprodutiva de regimes (hetero)normativos. Palavras-chave: Ensino de Biologia. Gênero. Natureza. Relacionalidade.Descargas
Publicado
2020-10-27
Cómo citar
Ranniery, T. (2020). Gênero não tem cabimento, nem nunca terá: ensino de biologia e a relação natureza e cultura. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 18(52), 485–516. Recuperado a partir de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/6377
Número
Sección
Artigos