A série Glee e o fascínio das monstruosidades no cenário escolar
Resumen
Este artigo parte da provocação da noção de monstruosidade com objetivo de discutir como essa dimensão funciona enquanto intimidação da estabilidade identitária, principalmente, da identidade sexual e de gênero. Analisar-se-á como a noção de monstruosidade é imputada às pessoas que ousam romper com os convencionais estereótipos e dicotomias de gênero presentes no contexto escolar. Será utilizado como análise o contexto escolar da série televisiva Glee, criada pelo diretor americano Ryan Murphy. A série ficcional se passa na cidade de Lima, em Ohio, e retrata os conflitos de um grupo de estudantes considerados marginalizados, que se reúnem em um coral, como forma de empoderamento. O coral é liderado pelo professor de espanhol William Schuester, que é um ex-aluno da mesma escola, e parece passar pelos mesmos conflitos que os/as estudantes. O foco, mais precisamente, é o episódio Rocky Horror Glee Show, inspirado no famoso musical e no filme Rocky Horror Picture Show. Parte-se da consideração de que naquele espaço educacional retratado na série se configura um espaço de produção de identidades e do conceito de monstruosidade. Nessa perspectiva, caberá questionar pelas semelhanças, aproximações e distanciamentos entre as experiências vivenciadas em instituições escolares na contemporaneidade e as apresentadas pela escola fictícia da série Glee.Publicado
2017-01-17
Cómo citar
Pamplona, R. S., & Dinis, N. F. (2017). A série Glee e o fascínio das monstruosidades no cenário escolar. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 14(36), 117–134. Recuperado a partir de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/1265
Número
Sección
Artigos