A linguagem oral e escrita: entre normativas curriculares e concepções de professoras da Educação Infantil do município de Biguaçu

Abstract

O artigo decorre de uma pesquisa mais ampla que teve como principal objetivo analisar as concepções de professoras quanto à linguagem oral e escrita na Educação Infantil e como essa linguagem está contemplada nas orientações curriculares para Educação Infantil da rede municipal de ensino de Biguaçu. A pesquisa teve, ainda, como aporte os estudos da Teoria Histórico-Cultural, a quem destaca-se Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934). Metodologicamente, a pesquisa inscreve-se em uma abordagem qualitativa que pretendeu compreender o objeto pesquisado - a linguagem oral e escrita nas orientações curriculares da Educação Infantil da rede municipal de ensino de Biguaçu e as concepções de professoras dessa etapa educacional acerca da temática por meio de análise documental e entrevista semiestruturada. Para a coleta de dados utilizou-se de análise documental das principais normativas curriculares da educação infantil do municí­pio de Biguaçu: Proposta Curricular de Biguaçu (2003) e os Projeto Polí­tico Pedagógico das três instituições participantes. As instituições foram escolhidas por possuí­rem localização geográfica distintas. Esta localização geográfica distinta: centro/sul, norte e interior do municí­pio configura-se como amostra de um todo da rede municipal, pois abrange as diferentes regiões que possuem instituições municipais de Educação Infantil. Fez parte da metodologia, também, o uso de questionário e entrevista semiestruturada com seis professoras representantes destes Centros de Educação Infantil. As principais conclusões apontam para a insuficiência do conteúdo apresentado nos documentos acerca da linguagem oral e escrita e, ainda, que a Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil (2017) é o documento mais utilizado e conhecido para subsidiar a prática e as proposições educativas pedagógicas em estudo. A pesquisa buscou corroborar, ainda, com subsí­dios de reflexão à prática docente, para que as professoras possam fazer escolhas e nortear as suas práticas amparadas pela função humanizadora que rege e compreende a educação.