Leituras de Freire, escritas de si: cartas que humanizam a formação

Autores

  • Bruna Sola da Silva Ramos Universidade Federal de São João del-Rei

DOI:

https://doi.org/10.5935/2238-1279.20210093

Resumo

O presente artigo se debruça sobre o universo das cartas pedagógicas e busca desvelar sua potencialidade como instrumento dialógico de uma formação docente humanizadora. Fruto de uma pesquisa-formação desenvolvida a partir de um projeto de ensino que possibilitou, a professoras e professores em formação, a leitura dos livros-carta de Paulo Freire e a escrita de cartas-resposta a ele remetidas, este texto se constitui de um triplo gesto: explicita as arquiteturas dessa co-respondência; desfia o jogo inventivo gestado no estranhamento da escritura experimentada e anuncia a escrita de si como força expressiva do desnudamento do "eu", na construção do diálogo epistolar com Paulo Freire. No movimento analí­tico empreendido a partir das cartas escritas pelos estudantes e de depoimentos por eles produzidos acerca da experiência vivida, desvelou-se uma escrita que se traveste em testemunho, reflexão, posicionamento e pergunta, constituindo rastros fundantes de uma formação dialógica humanizadora. Palavras-chave: Cartas pedagógicas. Paulo Freire. Diálogo epistolar. Escritas de si. Formação docente.

Biografia do Autor

Bruna Sola da Silva Ramos, Universidade Federal de São João del-Rei

Professora do Departamento de Ciências da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação. Coordenadora da Cátedra Paulo Freire da UFSJ.

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Publicado

03-08-2021

Como Citar

Ramos, B. S. da S. (2021). Leituras de Freire, escritas de si: cartas que humanizam a formação. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 18(55), 163–188. https://doi.org/10.5935/2238-1279.20210093

Edição

Seção

Artigos