Mulheres do candomblé e suas lutas ontológicas: Caxuté, um terreiro camponês e a educação
Resumo
Este artigo investiga experiências ontológicas de mulheres do Nzo Kwa Minkisi Nkasuté ye Kitembu Mvilla (Terreiro Caxuté, Valença/BA) e o agenciamento político cosmológico destas à terra - território ancestral de (re)existência negra - e verifica se essa relação oferece postulados à educação do campo. Resulta de pesquisa que articula princípios filosóficos e epistemológicos decoloniais (LUGONES, 2014; QUIJANO, 2005) e negros (FANON, 2008; KILOMBA, 2019) e por meio do método cartográfico (ESCOSSIA; KASTRUP; PASSOS, 2010) mapeia e analisa práticas político ontológicas femininas constituídas na pedagogia desse terreiro (SANTOS, 2019) de candomblé bantu. Conclue-se que o projeto educativo do terreiro dialoga com a educação do campo (ARROYO; CALDART; MOLINA, 2004), aciona o campesinato negro e suas relações (GOMES, 2006, 2015), redimensiona a relação com a terra, delimitada por lutas ontológicas (ESCOBAR, 2014), movidas pela filosofia de suma qamaí±a e pela (re)invenção de vidas femininas (SEGATO, 2012; OYEWUMI, 2004; HOOKS, 2014). Palavras-Chave: Caxuté. Educação do campo. Lutas ontológicas. Mulheres de candomblé. Pedagogia de terreiro.Downloads
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