Por uma história de práticas homoeróticas na casa de São José/ Instituto Ferreira Viana (1888-1923)
Resumo
Este artigo foi elaborado a partir de fontes primárias levantadas nos arquivos do Centro de Memória José do Patrocínio, responsável pelo acervo documental da antiga Casa de São José e do Instituto Ferreira Viana. Essa verificação tinha por objetivo investigar como era tratada a questão do homoerotismo dentro de uma instituição asilar no início da república, tendo em vista ser esse um tema ainda pouco explorado pela historiografia da educação; como recorte temporal definimos o período em que a instituição era preponderantemente masculina (1888-1923). Para isso, fizemos uso do paradigma indiciário de Carlo Ginzburg como referência metodológica e do arcabouço teórico desenvolvido por Michel Foucault para entendermos o sentido do homoerotismo dentro da instituição. Diferentes documentos nos deram pistas de que práticas homoeróticas ocorriam, de forma consentida ou não, e que o controle da moralidade, via sexualidade, fazia parte de um complexo arranjo de governamentalidade, que buscava como resultado a dominação dos corpos a partir de uma ideia higienista de moral defendida pelo poder instituído da primeira república. A proposta republicana de construir um novo Brasil precisava de ações condizentes com tal política. Neste sentido, a Casa de São José/Instituto Ferreira Viana atendeu pertinentemente a este projeto. Contudo, a vida pulsante na instituição fugiu às ações do comando daquilo que estava instituído, não se deixando amarrar somente pelas normas de regulação das condutas dos asilados. É preciso ter em mente a complexidade presente nas instituições, pois as mesmas serão efetivamente mais do que se espera delas.Downloads
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