O pesquisador assume seus limites - iní­cio do processo de ir além da cegueira epistemológica herdada.

Autores

  • Virgínia Louzada Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Nilda Alves Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Em torno da noção de "cegueira epistemológica", desenvolvida por Inês Barbosa de Oliveira em artigo escrito em 2007, este ensaio indica a posição importante desta noção na formação de pesquisadores e nos processos de pesquisa, em especial na corrente chamada de "pesquisas nos/dos/com os cotidianos". Isto é feito por duas pesquisadoras de gerações diferentes que se colocaram a "conversar" acerca do modo como leram e pensaram o referido artigo. Na formação mostramos que o surgimento do referido artigo trouxe a possibilidade de entendermos duas coisas: que nossa própria formação pode nos cegar quanto a outras possibilidades de compreensão daquilo que pesquisamos; que no processo, mesmo de formação, no contato com ideias diferentes, podemos nos interrogar acerca de outros caminhos. Quanto aos processos de pesquisa que desenvolvemos, essa ideia nos faz perguntar: como superar nossas cegueiras individuais? E compreender que a possibilidade de superá-las está nos encontros acadêmicos múltiplos que desenvolvemos: nas "conversas" com membros do nosso grupo de pesquisa; na escrita de artigos que publicamos; nas "conversas" desenvolvidas com colegas nos congressos de que participamos e que conosco discutem os textos que escrevemos. Em outras palavras, nas inúmeras redes de pesquisa de que participamos e que nos indicam nossos pontos cegos e nos permitem ir além deles.

Biografia do Autor

Virgínia Louzada, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Uerj, lotada no Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino. Pesquisadora da área de educação, com ênfase em avaliação, atuando nos seguintes temas: avaliação da aprendizagem, polí­ticas de avaliação para a educação básica, avaliação na educação infantil, cotidianos e alfabetização. Participa do Grupo de Pesquisa "Currí­culos, redes educativas e imagens", coordenado pela Profª Drª Nilda Alves.

Nilda Alves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando na pós-graduação (ProPEd), onde coordena o Laboratório Educação e Imagem). É lí­der do GRPesq/CNPq intitulado "Currí­culos, redes educativas e imagens". Organizadora de coleções e séries (Cortez, DPA e DPetAlli). Tem livros e artigos publicados no Brasil e no exterior. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em currí­culos, atuando principalmente nos seguintes temas: cotidianos e currí­culos; tecnologias, imagens e narrativas.

Publicado

30-05-2018

Como Citar

Louzada, V., & Alves, N. (2018). O pesquisador assume seus limites - iní­cio do processo de ir além da cegueira epistemológica herdada. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 15(39), 163–178. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/4954

Edição

Seção

Artigos (fluxo contínuo)