Relação entre experiências vividas e cotidiano profissional de educadores e educadoras sociais em serviços de convivência e fortalecimento de vínculos
Palavras-chave:
Educadores sociais. Educação social. Entrevista narrativa. Experiência. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.Resumo
O artigo apresenta os resultados de uma investigação sobre relações entre as experiências de vida de educadores sociais e sua atuação em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, a partir dos conceitos de formação permanente (Paulo Freire) e experiência (Jorge Larrosa Bondía). Por meio da entrevista narrativa (Daniel Berteaux), com análise de dados (Laurence Bardin), evidenciou-se três categorias de análise: o cotidiano da prática, ruptura e experiência como aprendizagem. A pesquisa demonstrou que há relação entre as experiências de vida com a atuação profissional, na medida em que, ao longo de suas trajetórias, os mesmos vivenciaram experiências de ruptura, desencadeando sentidos que foram e são compartilhados durante o processo pedagógico. Destacou-se, ainda, a potencialidade da narrativa da experiência como possibilidade pedagógica de vínculo, afetividade e confiança.
Referências
ABRAMOVAY, Miriam et al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas. Brasília: UNESCO, 2002
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2016.
BERTAUX, Daniel. Narrativa de vida: a pesquisa e seus métodos. São Paulo: Paulus, 2010.
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade. Lembranças de velhos. São Paulo: EDUSP, 1987.
BRASIL, Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n.º 2.676/2019. Dispõe sobre a criação da profissão de educador e educadora social e dá outras providências. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1752495. Acesso em: 10 out. 2022.
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – Secretaria Nacional de Assistência Social. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Brasília: MDS; SNAS, 2014.
BORGES, Liana da Silva. Alfabetização. In: STRECK, Danilo R.; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (org.). Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
CLANDININ, D. Jean; CONNELLY, F. Michael. Pesquisa narrativa: experiências e história na pesquisa qualitativa. Uberlândia: EDUFU, 2015.
DIAS, Santiago Pavani. Educadoras e educadores sociais de Porto Alegre em busca de reconhecimento. 2018. 165 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado em Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Estrutura da FAS. Disponível em: https://fas.caxias.rs.gov.br/index.php/estrutura-da-fas/. Acesso em: 18 ago. 2021.
GALVÃO, Cecília. Narrativas em educação. Ciência & Educação, Bauru, v. 11, n. 2, p. 327-245, 2002.
GOMES, Mônica Araújo; PEREIRA, Maria Lúcia Duarte. Família em situação de vulnerabilidade social: uma questão de políticas públicas. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 357-363, 2005.
LARROSA, Jorge. Experiência e alteridade em educação. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 19, n. 2, p. 4-27, jul./dez. 2011a.
_______. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011b.
_______. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
MÄDCHE, Flávia C. Abrindo perspectivas: a intersubjetividade na pedagogia de Paulo Freire. Porto Alegre: DaCasa, 1998.
RENDÓN, Juan Camilo Méndez. Paulo Freire y la concepción de sujeto: consideraciones etimológicas, ontológicas y dialécticas. Paulo Freire - Revista de Pedagogia Crítica, Colombia, v. 25, p. 104-125, jun. 2021.
ROCHA, Juliana dos Santos; ROZEK, Marlene. A potência e a complexidade de um fazer dialógico: desafios da formação e da atuação de educadoras(es)sociais. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 3, p. 2411-2428, nov. 2020.
RODRÍGUEZ, Luis Fernando. Educação popular, intersubjetividade e espiritualidade: uma relação de memória sobre as contribuições do conceito de comunicação na obra pedagógica de paulo freire. Pensamiento Palabra y Obra, Colombia, v. 21, p. 142-151, jan. 2019.
ROSSI, Roberto. A experiência e as práticas educativas dos educadores de Fé e Alegria de Cuiabá. 2010. 166 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2010.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020.
SOUZA, Elizeli Faustinani de; CONTRERAS, Humberto Silvano Herrera. A formação do Educador Social sob a perspectiva da Educação Integral. Cadernos de Pesquisa: Pensamento Educacional, Curitiba, v. 12, n. 30, p. 92-110, Jan./Abr. 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.