O "movimento" de professoras dos anos iniciais na (re)significação da matemática escolar: entre metáforas, imagens e representações sociais

Autores

  • Patricia Bastos Fosse Peres UNESA
  • Monica Rabello de Castro Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Resumo

Investigamos diferenciadores da forma como os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental em desenvolvimento profissional em serviço significam o par ensino e aprendizagem da matemática escolar e as implicações desses elementos nas práticas. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 10 professoras de uma escola privada, no municí­pio do Rio de Janeiro, e articulamos a Teoria das Representações Sociais com a Teoria da Argumentação para analisar os dados, segundo o Modelo da Estratégia Argumentativa - MEA. O uso frequente de metáforas permitiu-nos inferir sobre (re)significações no processo representacional. A formação coloca as professoras em movimento em uma "via de mão-dupla". Elas fazem o mesmo "percurso" que os alunos e "tiram a matemática da caixa", "construindo pontes" para aprender matemática e para aprender a ensinar. As lacunas na formação ficam em evidência e geram desconforto. Em contrapartida, a formação oferece às professoras oportunidade para mudarem e serem melhores no que fazem.
Palavras-chave: Metáforas. Representações Sociais. Formação de Professores. Desenvolvimento Profissional Docente em Serviço. Matemática escolar dos anos iniciais.

Biografia do Autor

Patricia Bastos Fosse Peres, UNESA

Graduada em Matemática pela Universidade Federal Fluminense (1995), especialista em Educação Matemática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), mestra e doutora em Educação pela Universidade Estácio de Sá (2018/2022). Foi professora de matemática na Rede Municipal do Rio de Janeiro (1996-2020) e, como Educadora Matemática, sempre atuou em sala de aula. A experiência vivida em sala de aula e as práticas pedagógicas têm sido compartilhadas com professoras que ensinam matemática, principalmente, nos anos iniciais da Educação Básica. Trabalha com o modelo formativo de desenvolvimento profissional docente em serviço desde 2008. Desenvolve pesquisa em Psicologia Social e Educação Matemática, especificamente, estudos acerca das Representações Sociais da matemática escolar com enfoque na formação docente e nas relações entre as práticas educacionais e as representações nos anos iniciais da Educação Básica. Seus temas de interesse são a cultura escolar, as estratégias argumentativas, os processos cognitivos e a afetividade.

Monica Rabello de Castro, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Doutora em Psicologia pela PUC Rio (1995), pós-doutorado em Comunicação pela Université de Montréal, Canadá (2012). DEA em Ciências da Educação pela Université de Strasbourg, França (1994). Mestre em Educação pela FGV e graduação em Matemática pela PUC Rio (1985). Foi criadora e editora da Revista Educação e Cultura Contemporânea/UNESA, desde a sua fundação até 2019. Atualmente sou colaboradora do grupo de pesquisa GEMat-UERJ: Tenho larga experiência na área de processos cognitivos e linguí­sticos Educação Matemática, sobretudo nos processos argumentativos, atuando principalmente com os seguintes temas: educação, representações sociais do trabalho docente, formação de professores e escolarização de crianças de rua e indí­genas.

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Publicado

16-11-2022

Como Citar

Peres, P. B. F., & Castro, M. R. de. (2022). O "movimento" de professoras dos anos iniciais na (re)significação da matemática escolar: entre metáforas, imagens e representações sociais. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 20, 10917. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/10917

Edição

Seção

Edição Comemorativa