Sociologia das Constituições Brasileiras: diálogos sociojurídicos entre constitucionalismo e Administração Pública.
DOI:
https://doi.org/10.5935/26.39.2023.9557Keywords:
Constituição, Administração Pública, Sociologia Refexiva, Práticas Constitucionais, Democracia, Emancipação Social.Abstract
O presente artigo objetiva refletir a Constituição a partir da perspectiva sociojurídica, em especial no que tange à regulação do campo administrativo do Estado. O texto constitucional será analisado por meio das noções de campo, habitus e capital de Pierre Bourdieu, elementos da sociologia reflexiva, além do diálogo com a Sociologia das Constituições. Reafirma-se que Constituição e Constitucionalismo recebem do mundo social os problemas que suscitam. A metodologia utilizada foi pesquisa bibliográfica. A conclusão é que a normatividade constitucional é de caráter relacional e capaz de fundar a universalidade prática. A história social das Constituições é ferramenta necessária para ultrapassar concepções deterministas. A Constituição contribui para o permanente processo de emancipação social dos cidadãos nas relações normativas estabelecidas com a Administração Pública.References
AMATO, Lucas Fucci. Três Matrizes de Sociologia da Constituição: dos clássicos aos contemporâneos. Revista Direito Mackenzie, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 156-186, 2017.
AMATO, Lucas Fucci. Victor Nunes Leal e a Sociologia do Constitucionalismo Brasileiro. Revista Direito Mackenzie, v. 13, n. 1, p. 1-26. São Paulo, 2019.
BONAVIDES, Paulo; ANDRADE, Paes de. História Constitucional do Brasil. 4aed. Brasília: OAB Editora, 2002.
BONAVIDES, Paulo. Teoria Constitucional da Democracia Participativa. São Paulo: Malheiros, 2001.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Linguísticas:o que falar quer dizer. Tradução Sérgio Miceli e outros. São Paulo: EDUSP, 1996.
BOURDIEU, Pierre. 2a ed. Una Invitación a la Sociologia Reflexiva. Traducido por Ariel Dilon. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2008.
BOURDIEU, Pierre. A Distinção. Crítica Social do Julgamento. Tradução Daniela Kern. São Paulo: Edusp; Porto Alegre: Zouk, 2007.
BOURDIEU, Pierre. Coisas Ditas. Tradução Cássia R. da Silveira e Denise Moreno Pegorim. São Paulo: Brasiliense, 2004.
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Maria Alice Nogueira e Afrânio Catani Organizadores. 13aed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2012.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. Lisboa/Rio de Janeiro: DIFEL/BERTRAND BRASIL, 1989.
BOURDIEU, Pierre. Questões de Sociologia. Tradução de Jeni Vaitsman. Rio de Janeiro: Editora Marco Zero Limitada, 1983.
BOURDIEU, Pierre. Razões Práticas. Sobre a Teoria da Ação. 1a Reimpressão. Tradução Mariza Corrêa. Campinas, SP: Papirus, 1997.
BOURDIEU, Pierre. Sobre o Estado. Cursos no Collège de France (1989-92). Tradução Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
BOURDIEU, Pierre. Sociologia. Organizador Renato Ortiz. Tradução Paula Montero e Alícia Auzmendi. São Paulo: Ática, 1994.
BOURDIEU, Pierre. Poder, Derecho y Calses Sociales. 2aed. Traducción de Ma José bernuz Benitez. Bilbao: Desclee, 2001a.
BOURDIEU, Pierre. Meditações Pascalianas. Tradução Sérgio Miceli. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001b.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. Tradução Sérgio Miceli. São Paulo: Perspectiva, 2015.
CABRAL, P;G.T. Veiga. Direito Administrativo Brasileiro. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de Laemmert, 1859.
CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem: a elite política imperial. Teatro de Sombras: a política imperial. 10aed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: o imaginário da república no Brasil. 2aed. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
CHERNILO, Daniel. Concepciones de Sociología en la Sociologia Constitucional Contemporánea. Economía y Política I (2), p. 103-109, 2014.
CASTRO, Augusto Olympio Viveiros de castro. Tratado de Sciencia da Administração e Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1906.
COMMAILLE, Jacques. À Quoi Nous Sert le Droit. Paris: Gallimard, 2015.
CORSI, Giancarlo. Sociologia da Constituição. Revista da Faculdade de Direito da
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, n. 39, p. 169-189, 2001. CRUZ, Alcides. Direito Administrativo Brasileiro. Porto Alegre: Francisco Alves, 1914.
FERRARI, Vincenzo. Elementos de Sociologia del Derecho. 2aed. Traducción Santiago Perea Latorre. Bogotá-Colombia: Universidad Externado de Colombia, 2012.
FIORAVANTI, Maurizio. Constitucionalismo. Experiencias Históricas y Tendencias Actuales. Traducción de Adela Mora Cañada y Manuel Martínez Neira. Madrid: Trotta, 2014.
GOMES, Juliana Cesario Alvim. Por Um Constitucionalismo Difuso. Cidadãos, Movimentos Sociais e o Significado da Constituição. Salvador: JusPODVIM, 2016.
JOURDAIN, Anne; NAULIN, Sidonie. A Teoria de Pierre Bourdieu e seus Usos Sociológicos. Tradução de Francisco Morás. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.
HARDY, Cherly. Histerese. Pierre Bourdieu. Conceitos Fundamentais. Editado por Michael Grenfell. Tradução de Fábio Ribeiro. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018. p.169-193.
LASSALLE, Ferdinand. A Essência da Constituição. 4aed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998. LIMA, Danilo Pereira. Legalidade e Autoritarismo: o papel dos juristas na consolidação da ditadura militar de 1964. Salvador: Editora JusPodivm, 2018.
MOREIRA, Nelson Camatta; PAULA, Rodrigo Francisco de. O Constitucionalismo da Falta no Brasil. A&C – Revista de Direito Administrativo e Constitucional, Belo Horizonte, ano 17, n. 70, p. 93-105, out./dez., 2017.
NEVES, Marcelo. A Constitucionalização Simbólica. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007. 63
PEREIRA, Vantuil. Ao Soberano Congresso. Direitos dos Cidadãos na formação do Estado Imperial brasileiro (1822-1831). São Paulo: Alameda, 2010.
REGO, Vicente Pereira do. Elementos de Direito Administrativo Brasileiro. Para Uso das Faculdades de Direito do Império. 2a ed. Recife: Typographia Commercial de Geraldo Henrique de Mira & C., 1860.
REIS, Aarão. Direito Administrativo Brazileiro. Rio de Janeiro: Oficina Graphica Villas-Boas, 1923.
RIBAS, Antonio Joaquim. Direito Administrativo Brasileiro. Rio de Janeiro: Ministério da Justiça, 1861.
RIBEIRO, Gladys Sabina. Cidadania e Luta por Direitos na Primeira República: analisando processos da Justiça Federal e do Supremo Tribunal Federal, Tempo, Niterói, Volume 13, no 26, p. 101-117, 2009.
SANTOS, Francisco Geraldo M. O Campo Jurídico e a Formação do Estado Moderno à Luz da Teoria Sociológica de Pierre Bourdieu. RDBSD – Revista Brasileira de Sociologia do Direito, Recife, V. 7, n. 1, p. 18-32, jan./abr., 2020.
SCHWARCZ, Lilia M.;STARLING, Heloisa. Brasil uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SCKELL, Soraya Nour. Os Juristas e o Direito em Bourdieu. A Conflituosa Construção Histórica da Racionalidade Jurídica, Tempo Social, Revista de Sociologia da USP, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 157-178, 2016.
SILVA, Carlos Medeiros. Observações sobre o Ato Institucional. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v.76, 1964, p.473-475, Livraria e Editora Renovar Ltda, 1964b. SILVA, Carlos Medeiros. Seis Meses do Ato Institucional. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v.78, 1964, p.449-452, Livraria e Editora Renovar Ltda, 1964a.
TREVIS, Renato. Sociologia do Direito: origens, pesquisas e problemas. Tradução Marcelo Branchini. Barueri, SP: Manole, 2004.
URUGUAY, Visconde do. Ensaio Sobre o Direito Administrativo. Tomos I e II. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1862.
VASCONCELOS, Edson Aguiar de. Direito Administrativo Brasileiro. Origem, Evolução e Perspectiva. Rio de Janeiro: Forense, 2000.
WOLKMER, Antonio Carlos. História do Direito no Brasil. 10aed. Rio de Janeiro: GEN/FORENSE, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors of papers published in this journal declare to acklowledge and agree with the following rules:
1. The submitting of any colaboration implies on free and complete assignment of the copyrights to the journal, which is not obligated to return the originals of submitted colaborations.
2. Published papers represent the expression of the author’s point of view, not repressenting an oficial position of Juris Poiesis jornal, or Univesidade Estacio de Sas’s.