A BAGUNÇA VISITA A LUDICIDADE: UM ESTUDO SOBRE ANCORAGEM
Resumen
Este trabalho objetiva identificar pontos de ancoragens que sustentam a representação social sobre bagunçar segundo um grupo de 197 alunos de Pedagogia da Universidade Federal do Mato Grosso, campus Cuiabá. Para tanto, os referenciais teóricos utilizados foram a Teoria das representações sociais, de Serge Moscovici (1978) e a Teoria do núcleo central, de Jean-Claude Abric (1998) em diálogo com as contribuições de Arií¨s (2006), Del Priori (2008) e Kishimoto (1993) sobre os aspectos histórico-sociais relacionados com a ludicidade. Buscou-se identificar significados historicamente atribuídos às manifestações lúdicas, pretendendo compreender possíveis relações destas com as representações levantadas pelos discentes. A coleta de dados baseou-se na técnica de Associação de Palavras acerca do mote bagunçar. O processamento foi realizado por dois softwares: o Ensemble de Programmes Permetettant l"Analyse (EVOC), que possibilitou esclarecimentos acerca de como os conteúdos da representação social investigada estão estruturados; e o Cohesive Hierarchical Implicative Classification (CHIC), que por meio da análise implicativa clássica permitiu notar relações entre os termos evocados, possibilitando inferir possíveis caminhos discursivos. O bagunçar foi caracterizado como ação infantil que cria desordem, se relaciona com a ludicidade e com a ultrapassagem de limites, sendo possivelmente ancorada na ideia de uma ludicidade marginal. Esse significado é associado à representação de criança-diabo ou potencialmente perigosa, geralmente atribuída às crianças de classes populares, integradas ao discurso de famílias disfuncionais.Publicado
2014-07-10
Cómo citar
Teibel, ‰rica N. H., & Andrade, D. B. da S. F. (2014). A BAGUNÇA VISITA A LUDICIDADE: UM ESTUDO SOBRE ANCORAGEM. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 11(24), 69–91. Recuperado a partir de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/840
Número
Sección
Artigos