Televisão e Infância: interferências da indústria cultural nos desejos infantis
Resumo
Este artigo apresenta uma análise da interferência dos conteúdos transmitidos pelas programações televisivas nos desejos infantis de "ser" e de "possuir", com base no pensamento de Adorno, Fromm e Kellner. Nesta investigação foram entrevistadas 20 crianças da educação infantil, com idade entre 5 e 6 anos, que freqí¼entam uma escola pública na cidade de Maringá. Os dados obtidos indicam que os programas televisivos interferem na subjetividade dos espectadores infantis, na medida em que transmitem valores, estilos de vida e estimula comportamentos essenciais para a formação de consumidores, atendendo à lógica da indústria cultural no processo de padronização dos indivíduos e de incentivo ao consumismo. Defende que a educação escolar tem o potencial para mudar esse quadro, desde que os professores estejam capacitados a contribuir com o desvelamento das ideologias contidas nas programações televisivas. Além disso, é necessário que os professores trabalhem no sentido de educar para as mídias, transformando a televisão em objeto de estudo, ensinando os mecanismos técnicos e econômicos de seu funcionamento e orientando para a análise crítica dos conteúdos a partir de diferentes perspectivas: técnica, social, econômica, ideológica e cultural, como propõe Giroux, Martín-Barbero e Orozco Gomes. Conclui que os educadores devem se colocar no lugar dos receptores, para saber como assistem à televisão, como se apropriam dela. Integrar à escola os estudos de educação para a mídia, como instrumento pedagógico e como objeto de estudo, favorece o desenvolvimento de uma postura crítica dos educandos em relação à mídia televisiva. Palavras-chave: Educação infantil. Indústria Cultural. Consumismo. Formação de professores.Downloads
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