O uso de smartphones na sala de aula e a negociação dos sentidos do aprender e da escola
Resumo
Este artigo tem, como objetivo, discutir situações de uso pedagógico e de proibição dos smartphones em sala de aula, face à necessidade de negociação dos sentidos do aprender e da escola. Utiliza referenciais da sociologia da educação, mais especificamente, dos estudos sobre as interações em sala de aula, o ofício de aluno e a relação com o saber. Baseia-se em resultados de uma pesquisa realizada em uma escola pública da região metropolitana de Belo Horizonte (MG), em duas salas de aula do ensino médio, focalizando as disciplinas de Física, em que o smartphone era empregado como ferramenta pedagógica, e de Biologia, em que seu uso pelos alunos era proibido. Os procedimentos metodológicos empregados foram: observações em sala de aula, aplicação de questionário aos alunos e entrevistas com professoras e alunos. Os achados indicam que a utilização pedagógica dos smartphones contribuiu para a atratividade das aulas e, portanto, para a negociação do seu sentido junto aos estudantes. Porém, evidenciam, sobretudo, a centralidade da ação docente na mediação desse processo. Assim, confirmam, mais uma vez, que as diferentes tecnologias não constituem "panaceias", mas recursos cujas especificidades trazem, simultaneamente, possibilidades e limites para um uso pedagógico eficaz, para o qual as competências dos professores e, portanto, sua formação, são fatores fundamentais. Palavras-chave: Smartphones. Sala de aula. Sentido. Sociologia da educação. Abstract This paper aims to discuss the pedagogical use or the prohibition of smartphones in the classroom, faced by the need of negotiation of school and learning senses. It uses references of sociology of education, specifically, the studies about classroom interactions, student role and the relation with knowledge. The text is based on results of a research done in two classrooms of a public high school in the metropolitan region of Belo Horizonte (MG), focusing the classes of Physics, in which the smartphone was used as a pedagogical tool, and of Biology, in which its use was prohibited. The methodological procedures were: classroom observation, questionnaires to students, and interviews with teachers and students. The findings indicate that the pedagogical use of smartphones contributed for the attractiveness of the classes and, therefore, to negotiate their sense with the students. However, the data highlight, especially, the importance of teacher action in the mediation of the process. Thus, they confirm, once more, that the different technologies are not "panaceas", but resources whose specificities bring, simultaneously, possibilities and limits to effective pedagogical use, to which the teachers" competences and their formation are fundamental factors. Keywords: Smartphones. Classroom. Sense. Sociology of education.Downloads
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