Práticas formativas num cenário de contradições: problematizando as questões de gênero e da deficiência
Resumo
Resumo A escola produz um processo de aniquilamento sutil das diferenças: seja racial, gênero, étnico, entre outras. Por outro lado há uma resistência cotidiana que recusa a homogeneização, que luta pelo poder da vida num cenário de contradições. Esse artigo objetiva discutir dois cenários onde a diferença não é apaziguada e sim problematizada. O primeiro objetivou analisar como as temáticas de corpo, gênero e sexualidades estão sendo introduzidas nas práticas formativas das licenciaturas de Química e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe- IFS/Campus Aracaju, a partir da perspectiva pós-crítica. A proposta metodológica, na mesma perspectiva, utilizou análise documental, entrevista semiestruturada e grupo focal. O segundo analisa o processo de formação de professores no Curso de Formação Continuada de Professores na Perspectiva Inclusiva, a partir da matriz histórico-cultural. O aporte metodológico foi a pesquisa-ação colaborativo-crítica e foi construído um processo de formação continuada. Os resultados de ambas as pesquisas apontam que não é possível uma síntese totalizante das diferenças; que existe um silenciamento quanto a normatização dos corpos seja em relação a sexualidade ou a deficiência; que as representações são atravessadas pelos discursos médico, biológico, religioso, que são permeados pela heteronormatividade; que existem brechas de mudanças a partir de uma formação focada na visão dialógica; que a partir da imersão teórica na articulação com as práticas criam-se potências. Por fim, afirma-se a importância da prática pedagógica dialógica, trazendo para escola múltiplas vozes, sem invisibilizadar e/ou não reconhecê-las. Palavras-chave: Formação Docente. Gênero. Deficiência. Pesquisa-ação colaborativo-crítica. Abstract The school produces a process of subtle annihilation of differences: be it racial, gender, ethnic, among others. On the other hand there is a daily resistance that refuses homogenization, which fights for the power of life in a scenario of contradictions. This article aims to discuss two scenarios where the difference is not appeased but rather problematized. The first objective was to analyze how the subjects of body, gender and sexuality are being introduced in the formative practices of the Chemistry and Mathematics degrees of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Sergipe-IFS / Campus Aracaju, from the post-critical perspective. The methodological proposal, in the same perspective, used documentary analysis, semi-structured interview and focus group. The second analyzes the process of teacher training in the Continuing Teacher Training Course in the Inclusive Perspective, based on the historical-cultural matrix. The methodological contribution was the collaborative-critical action-research and a process of continuous formation was constructed. The results of both surveys point out that a totalizing synthesis of the differences is not possible; that there is a silencing regarding the normalization of bodies in relation to sexuality or disability; that representations are crossed by medical, biological, and religious discourses that are permeated by heteronormativity; that there are gaps of change from a formation focused on the dialogical vision; that from the theoretical immersion in the articulation with the practices are created powers. Finally, the importance of the dialogic pedagogical practice is affirmed, bringing to school multiple voices, without becoming invisible and / or not recognizing them. Keywords: Teacher Training. Gender. Deficiency. Collaborative-critical action-research.Downloads
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