Entre o plano e o vivido: a inauguração de Brasí­lia e dos Jardins de Infância (1960-1962)

Autores

  • Viviane Fernandes Faria Pinto Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira
  • Fernanda M¼ller Universidade de Brasí­lia
  • Juarez José Tuchinski dos Anjos Universidade de Brasí­lia

Resumo

Neste artigo procuramos explorar e dar visibilidade às crianças e aos seus processos educativos na nova capital do Brasil. Ao dialogar com uma recente historiografia da educação sobre Brasí­lia, trabalhamos com o processo de institucionalização dos Jardins de Infância. Consideramos os anos de 1960 a 1962 como recorte de análise, perí­odo de criação das primeiras instituições voltadas às crianças de até 6 anos de idade. Buscamos na documentação histórica sobre os Jardins de Infância uma conexão entre o projeto educativo voltado às crianças pequenas e o projeto urbano de Brasí­lia. Para isso, foram utilizados estudos e pesquisas realizadas sobre o sistema educacional da recém-inaugurada capital que foram associados às notí­cias veiculadas nas páginas do jornal Correio Braziliense, o primeiro periódico de grande circulação da cidade na década de 1960. Destacamos a complexidade do processo subjacente à criação dos Jardins de Infância em Brasí­lia, indicando a ausência de consistência do plano, que foi originalmente criado para superar obstáculos já observados em outras cidades. Evidenciamos, portanto, a relação entre utopia e distopia contrastadas na proposição de cidade e nas experiências cotidianas. Palavras-chave: Brasí­lia. Educação Infantil. Infância. Jardins de Infância.

Biografia do Autor

Viviane Fernandes Faria Pinto, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira

Doutoranda em Educação, Mestre em Processos de Desenvolvimento Humano & Saúde, Especialista em Desenvolvimento Psicológico e Inclusão Escolar e Graduada em Pedagogia pela Universidade de Brasí­lia. Desenvolveu atividades técnico-pedagógicas na Secretaria de Educação a Distância do MEC na coordenação de cursos para professores sem formação inicial: Proformação e o Proinfantil. Foi Orientadora Educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal, tutora de cursos de Graduação e Especialização a distância e orientou monografias de conclusão de cursos de especialização para professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Atualmente pertence í  carreira de Pesquisador-Tecnologista no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní­sio Teixeira (Inep). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação Educacional, Formação de Professores e Educação a Distância.

Fernanda M¼ller, Universidade de Brasí­lia

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, especialização em Educação Infantil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestrado em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Realizou doutorado sanduí­che no Centre for Family Research, Universidade de Cambridge. Foi pesquisadora visitante no Center for Language, Interaction and Culture (CLIC)/UCLA (2015-2016). Busca conexões entre os campos da Educação e da Antropologia para estudar a infância em contextos urbanos. É professora Associada I da Universidade de Brasí­lia. Coordena o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa sobre a Infância (GIPI) e é membro do Grupo de Investigação Infancia Contemporánea/Universidad Autónoma de Madrid.

Juarez José Tuchinski dos Anjos, Universidade de Brasí­lia

Professor Adjunto de História da Educação e História da Educação Brasileira no Departamento de Teorias e Fundamentos da Faculdade de Educação da Universidade de Brasí­lia. Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná. Doutor (2015) e Mestre (2011) em Educação pela Universidade Federal do Paraná, na linha de História e Historiografia da Educação.Graduado em Teologia pela Pontifí­cia Universidade Católica do Paraná (2006). Licenciado em Filosofia (Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes) pelo Claretiano Centro Universitário (2014). Pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Infância e Educação Infantil (NEPIE-UFPR).

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Publicado

08-10-2019

Como Citar

Pinto, V. F. F., M¼ller, F., & Anjos, J. J. T. dos. (2019). Entre o plano e o vivido: a inauguração de Brasí­lia e dos Jardins de Infância (1960-1962). Revista Educação E Cultura Contemporânea, 17(47), 292–313. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/4168

Edição

Seção

Artigos