A rua para meninos e a rua das meninas: gênero e representações socioespaciais
Resumo
O presente artigo intenta compreender as representações sociais sobre a cidade tomando a rua como objeto de representações de meninas e meninos, alunas(os) de escolas particulares na cidade de Cuiabá/MT, com idade entre nove e 12 anos. Adota como aporte teórico a teoria das representações sociais (MOSCOVICI, 1978; JODELET, 2002) e sua abordagem ontogenética (DUVEEN, 1995; CASTORINA, 2010). Os dados foram gerados por 40 crianças, sendo 24 meninas e 16 meninos, em quatro escolas particulares de Cuiabá - MT. Foram produzidos desenhos inspirados pela proposta de mapas cognitivos (ALBA, 2011) acompanhados de entrevistas semiestruturadas. Os mesmos foram analisados compreensivamente e com auxílio do programa computacional software Iramuteq versão 0.7 alpha 2. As análises empreendidas revelam que as representações socioespaciais dos dois grupos se aproximam em torno dos discursos sobre as inseguranças diante da rua, às críticas a falta de estrutura das ruas e nos exercícios de pensar soluções. Se afastam ou diferenciam quando a rua passa a ser representada levando-se em conta as ações sobre a cidade. Considera-se de especial interesse para as reflexões educacionais a qualidade das vivências infantis no espaço urbano e seus impactos no processo de desenvolvimento das crianças. Os dados parecem revelar o predomínio, estimulado pela cultura, de estímulos para o desenvolvimento da motricidade ou da verbalização no contexto das relações de gênero. Compreende-se que a cultura, na qual está inserida o sistema de gênero, está mediando as chaves de acesso das crianças ao conhecimento sendo a cidade uma forma de acessá-lo.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.