O trabalho do professor de atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais em escolas da Baixada Fluminense
Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar o trabalho do professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE) em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) em três escolas de dois municípios da Baixada Fluminense. Participaram da pesquisa qualitativa 19 profissionais que trabalhavam diretamente com inclusão, sendo quatro professores de classe regular, cinco professores AEE, cinco orientadores educacionais, um estimulador e um intérprete que atuavam nas três escolas, dois responsáveis pela Educação Especial, um de cada município, e o responsável pelas Salas de Recursos de um dos municípios. Foram utilizadas técnicas de investigação variadas como análise documental, observação nas SRM e em classes regulares com aluno incluído, aplicação de questionário e realização de entrevistas semi-diretivas. O material coletado foi tratado de acordo com seu conteúdo conforme proposto por Bardin (2011). Constatou-se que a falta de horário para planejamento conjunto, as dificuldades para realizar trabalho colaborativo, o atendimento em contra turno e as precárias condições de materiais didático-pedagógicos são fatores impeditivos para a efetivação da proposta de Educação Inclusiva. De acordo com os professores de classe regular, para que o professor de AEE nas SRM desenvolva seu trabalho é necessário que seja capacitado para isso, tenha paciência e respeite o aluno deficiente, cabendo-lhe reforçar os conteúdos ensinados na sala de aula e a responsabilidade pelo sucesso da inclusão. Os professores do AEE são, então, identificados como "salvadores da pátria", pois diante das inúmeras dificuldades enfrentadas para incluir o aluno com deficiência, é ele quem "salva" a escola e os alunos, tentando executar seu trabalho da melhor maneira possível. São os "heróis", aqueles que retiram forças de onde não têm, que são capazes de realizar "tarefas heroicas" (FISCHMAN, 2009), sendo estas nada mais do que "estratégias de sobrevivência" (WOODS, 1990) indispensáveis para encarar o cotidiano escolar. Quanto ao professor de AEE, os mesmos não se veem nem como "heróis", nem como "salvadores", pois consideram que a inclusão é tarefa de todos os envolvidos com o processo educativo. Consideram que seu trabalho envolve diferentes atividades que são desenvolvidas com os alunos com deficiência que não são de reforço escolar e que a SRM não é um espaço reservado e adequado para isso.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.