De REA a MOOC: perspectivas críticas acerca das trajetórias históricas de mediação na educação aberta
Resumo
Este artigo discute as interseções entre a educação digital e a educação aberta com o objetivo de explorar como a abertura - como valor e como moeda - tem condicionado as trajetórias de mediação entre domínios de saberes pedagógicos e espaços de aprendizagem comunicativos. Com base na economia política e crítica e adotando uma abordagem analítica discursiva, descreve as dimensões da abertura como quadro tecno-cultural e estrutura socioeconômica decorrentes do movimento dos Recursos Educacionais Abertos (REA) surgido no início dos anos 2000 e a partir do fluxo dos Cursos On-line Abertos e "Massivos" (MOOC). Quando uma prática como a educação aberta simultaneamente desafia e aprimora a concentração de recursos simbólicos nas instituições educacionais, torna-se difícil analisar as consequências mais amplas para a sociedade. No entanto, várias dimensões e paradoxos podem ser examinados a partir de correlações entre um número de fatores contingentes: o desenvolvimento de cenários para a crescente midiatização do conhecimento pedagógico diferentes daqueles tradicionalmente ancorados na Educação Aberta e a Distância; os diversos processos tecnológicos, sociais e políticos interligados que criaram novos contextos para a produção cultural; novos circuitos para facilitar pedagogias alternativas e culturais; e a instrumentalização institucional da abertura na reestruturação neoliberal da educação superior.Downloads
Publicado
25-04-2017
Como Citar
Alevizou, G. (2017). De REA a MOOC: perspectivas críticas acerca das trajetórias históricas de mediação na educação aberta. Revista Educação E Cultura Contemporânea, 14(34), 347–378. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/reeduc/article/view/3313
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