Infâncias, consumo e Educação: histórias contadas por crianças na escola
Resumo
Este artigo problematiza a construção das infâncias e os desafios que se colocam à educação escolarizada no contexto de uma sociedade regulada pelo consumo. Inicialmente, aborda as reconfigurações espaço-temporais e os princípios de velocidade, instantaneidade e descartabilidade que incidem na constituição dos modos de ser, viver e educar das gerações atuais. Essas reflexões fundamentam-se nas análises de Zygmunt Bauman sobre a passagem da modernidade sólida para a modernidade líquida e o advento da sociedade de consumidores. As ferramentas teóricas disponibilizadas pelo sociólogo polonês constituem o pano de fundo para a análise das narrativas de um grupo de crianças dos anos iniciais, de uma escola da rede pública do município do Rio Grande/RS. Para viabilizar a estratégia de contar, ouvir e contrapor histórias, nos encontros da pesquisa foram propostas atividades que provocaram as crianças a refletirem e dialogarem sobre suas experiências de consumo. Nas histórias contadas pelas crianças destacam-se as repercussões do consumo no cotidiano escolar e a proeminência das mídias eletrônicas nos processos de comunicação e aprendizagem dos estudantes. Essas análises encaminham considerações sobre a reinvenção das infâncias no tempo líquido e episódico da sociedade de consumidores, caracterizados por processos permanentes de educação para o consumo, promovidos por instâncias culturais dispersar pelo tecido social.Downloads
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