Perguntas titubeantes em torno de redes de formação docente, experiências e narrativas?
Resumo
Este texto reflete sobre formação docente e a potência do fazer-se e refazer-se professor e pesquisador na relação com outros. Sublinha a força que encarnam os movimentos e processos (trans)formativos em redes e coletivos de sujeitos, uma vez que conformam espaçostempos polifônicos, polissêmicos e singulares, abrindo caminho para o estranhamento e a indagação. A discussão é tecida a partir de ideias nutridas por experiências e narrativas vividas/produzidas no contexto de uma disciplina de doutorado. Tal disciplina reuniu estudantes de diferentes regiões do Brasil e de fora dele. Com o foco nos sentidos expressos pelo coletivo que os participantes da disciplina formaram, com o interesse comum em pensar e conversar sobre pesquisa narrativa e formação docente, o artigo coloca em indagação modos de pensar e praticar a pesquisa e a formação. Assume a investigação narrativa como metodologia, buscando enfatizar sentidos produzidos a partir da experiência. Palavras-chave: Narrativa. Pesquisa. Formação. Experiência. Conversa.
Referências
ALVES, Nilda. Decifrando o pergaminho: o cotidiano das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: OLIVEIRA, I. B.; ALVES, N. (orgs.). Pesquisa nos/dos/com os cotidianos das escolas: sobre redes de saberes. 3ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2008.
BARROS. Manoel de. Livro sobre nada. Ed. Record. Rio de Janeiro. São Paulo, 1996.
BRAGANÇA, Inês Ferreira de Souza. Pesquisaformação narrativa (auto)biográfica: trajetórias e tessituras teórico-metodológicas. In: ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto; CUNHA, Jorge Luiz; BOAS, Lúcia Villas. (Orgs.). Pesquisa (auto)biográfica: diálogos epistêmico-metodológicos. Curitiba: CRV, 2018, v.1, p. 65-81.
CÍCERO, Antonio. Guardar: poemas escolhidos. 3ªed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
CLANDININ, Jean; CONNELLY, Michael. Pesquisa Narrativa: experiências e história em pesquisa qualitativa. 2ª ed. Uberlândia, MG: EDUFU, 2015.
CORAZZA, Sandra Mara. Artistagens: filosofia da diferença e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado. 3ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 2006.
FALS BORDA, Orlando. Una sociología sentipensante para América Latina. Compilado por Victor Manuel. Moncayo; Bogotá: Siglo del Hombre; Clacso, 2009.
FERRAÇO, Carlos Eduardo. Currículos em realização com os cotidianos escolares: fragmentos de narrativasimagens tecidas em redes pelos sujeitos praticantes. In: FERRAÇO, Carlos Eduardo. Currículo e educação básica: por entre redes de conhecimentos, imagens, narrativas, experiências e devires. Rio de Janeiro: Rovelle, 2011.
FERRAÇO, Carlos Eduardo. Eu, caçador de mim. In: GARCIA, Regina Leite (org.). Método: pesquisa com o cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
FLORE, Val. Una lengua cosida de relámpagos. Buenos Aires, Hekht, 2019.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 48ª Reimpressão. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços 2 ed. Porto Alegre: L&PM, 2007.
GERALDI, Wanderley. A aula como acontecimento: São Carlos: Pedro e João, 2015.
GODOY, Rossana; RAMALLO, Francisco; RIBEIRO, Tiago. Investigaciones-vidas en educación. Conversar, escuchar, constelar. La Serena, Chile: Editorial de la Universidad de La Serena, 2022.
GODOY, Rossana; RIBEIRO, Tiago. Chuva de estrelas: entre metáforas e narrativas para sentir/pensar caminhos investigativos desde nossas ancestralidades. Educação Unisinos. 25, 2021.
KILOMBA, Grada. Memórias de Plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LARROSA, Jorge. Esperando não se sabe o quê: sobre o ofício de professor. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
NAJMANOVICH, Denise. Novos Paradigmas na ciência e pensamento complexo. Rio de Janeiro: Ayvu, 2022.
PORTA, Luis. La expansión biográfica en investigación educativa. Movimientos y aperturas metodológicas. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, v. 5, n. 16, p. 1747-1764, 29 dez. 2020.
REIS, Graça; OLIVEIRA, Inês; BARONI, Patrícia. Dicionário de pesquisa narrativa. Rio de Janeiro: Ayvu, 2022.
REIS, Graça; OLIVEIRA, I. B. Aprendizagens coletivas e ecologia de saberes: as rodas de conversa como autoformação contínua. In: RIBEIRO, Tiago; SOUZA, Rafael de; SAMPAIO, Carmen Sanches. Conversa como metodologia de pesquisa: por que não? Rio de Janeiro: Ayvu, 2018.
REIS, Graça Regina Franco da Silva. Por uma outra Epistemologia de Formação: Conversas sobre um Projeto de Formação de Professoras no Município de Queimados. 2014. 196 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
RIBEIRO, Tiago; SKLIAR, Carlos. Escolas, pandemia e conversação: notas sobre uma educação inútil. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB. Mato Grosso do Sul, n 55, set/dez., p.1-18, 2020.
RIBEIRO, Tiago; SOUZA, Rafael de; SAMPAIO, Carmen Sanches. Conversa como metodologia de pesquisa: por que não? Rio de Janeiro: Ayvu, 2018.
RICOUER, Paul. Tempo e Narrativa 2: A configuração do tempo na narrativa de
ficção. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
SILVA, Aline Gomes da; RIBEIRO, Tiago. Interseccionalidades e surdez: em busca de um bilinguismo antirracista e anticapacitista. Revista Espaço do Currículo, v. 15, n. 1, p. 1–16, 2022. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rec/article/view/62845. Acesso em: 24 out. 2022.
SKLIAR, Carlos. Desobedecer a linguagem: educar. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.