Multiculturalismo, competências interculturais e estado global monocultural
Resumo
Em meio à diversidade de línguas, dialetos, raças e religiões, fatores que acompanham a humanidade desde a sua infância, não se pode negar a influência da heterogeneidade cultural como característica essencial da nossa civilização. O mundo é de fato diferenciado por suas culturas, uma que se proclama superior, pura, etnocêntrica e outras entendidas como sub-culturas, em geral, seguidoras de uma ordem emancipacionista, guiadas à luz do racionalismo-positivista, cujas instituições controlam os atores sociais. Na era do Globalismo, as faces do multiculturalismo ora se defrontam, em face do choque cultural, ora se complementam num encontro de culturas - dado pela necessidade do entendimento intercultural, presente nas organizações empresariais e políticas, - ao mesmo tempo em que parcelas dessa diversidade se integram à cultura hegemônica, às vezes aculturando-se e diluindo-se, ora perdendo a sua face ou identidade, e às vezes resistindo. Discernir sobre este dualismo, de um lado, o mundo multicultural e a forte necessidade de um capital e competências interculturais para o entendimento entre as nações e suas representações econômicas e políticas, e do outro lado, uma forte tendência para um Estado Global Monocultural e os perigos ocultos do pluralismo cultural no sistema educativo e político, é o nosso objetivo neste ensaio. Palavras-chave: multiculturalismo, Estado global, globalismo, interculturalismoDownloads
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