Família acolhedora e reordenamento institucional: (Im)possibilidades diante do Menorismo. - DOI 10.5935/2448-0517.20190038
Resumo
A família acolhedora caracteriza-se como uma política pública cujo objetivo principal está alinhado com a proteção de crianças e adolescentes em situação de violação de direitos humanos. Diante do abuso há intervenção do poder judiciário para afastar a criança da família de origem. Contudo a intenção ao final do processo é a reunificação familiar quando possível e segura. Neste contexto, objetiva-se, a partir do referencial teórico da análise institucional, problematizar a implementação da política de família acolhedora, prevista no reordenamento institucional, mas atravessada pela visão menorista acerca das famílias de origem. Discute-se determinadas práticas que atravessam os fazeres direcionados a algumas famílias, dificultando a reunificação familiar e mesmo a efetivação da política em questão. O método predominantemente bibliográfico apoia a execução do artigo. Percebe-se a presença da racionalidade menorista como coadjuvante de muitas práticas dirigidas à infância na atualidade. O olhar de quem detém o poder e cujo julgamento se faz no sentido da inadequação das formas de vida e estrutura de algumas famílias, precisa ser revisto. A possibilidade de superação do menorismo parece estar ligada à capacidade de reflexão e autoanálise na direção da desconstrução de certos preconceitos acerca das famílias de origem. Aponta-se para a necessidade de apostar mais efetivamente na participação dos envolvidos, inclusive das crianças e adolescentes, além da ampliação de estudos longitudinais sobre da temática em questão.
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