Tarefas de investigação e novas tecnologias no ensino da proporcionalidade
Resumo
Este estudo analisa o modo como se desenvolve a aprendizagem da proporcionalidade directa em alunos do 6.º ano de escolaridade (11-12 anos), no quadro de uma unidade de ensino que dá ênfase a actividades de investigação e resolução de problemas em situações contextualizadas e recorre ao uso da planilha. O seu objectivo é saber: (a) se os alunos distinguem situações de proporcionalidade directa de situações onde tal relação não existe, (b) quais os sistemas de representação que utilizam e (c) que tipo de estratégias usam na resolução de tarefas envolvendo proporcionalidade. O estudo foi desenvolvido numa turma do 2.º ciclo em que a primeira autora leccionou durante dois anos, constituindo uma investigação sobre a sua prática profissional. Foi seguida uma metodologia de investigação qualitativa baseada em estudos de caso. A unidade de ensino foi desenvolvida em 10 aulas (de 90 minutos) e tem por base um conjunto de tarefas inspiradas no livro Uma Aventura no Palácio da Pena. A recolha de dados envolveu a elaboração de um diário de aula, a obtenção de cópias dos produtos escritos pelos alunos, bem como entrevistas efectuadas individualmente a três alunos, que constituíram a principal fonte de dados. Os resultados mostram que, de um modo geral, os alunos distinguem situações em que existe uma relação proporcional daquelas em que tal relação não existe, e mostram-se capazes de mobilizar o conhecimento adquirido ao longo da realização da unidade de ensino. A identificação de regularidades dentro e entre grandezas é a estratégia usada para verificar a existência de proporcionalidade directa. Este procedimento está vinculado às tarefas de natureza investigativa e exploratória e pelo uso da folha de cálculo. Os alunos revelam preferência por tabelas para representar os dados, tendo em vista não só organizá-los mas também interpretar os problemas. Na resolução de problemas, dado o reconhecimento de regularidades entre e dentro de grandezas, os alunos desenvolvem estratégias multiplicativas próprias, tanto de natureza escalar (equivalência entre razões ou factor escalar) como funcional (razão unitária).Downloads
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