Lan house e telecentro: INCLUSÃO DIGITAL DE JOVENS DE BAIXA RENDA?
Resumo
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Este artigo apresenta o resultado da pesquisa que investigou as relações entre Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) e usuários da Internet jovens e de baixa renda. Indagamo-nos se os usos da Internet por esses jovens, em telecentros e lan houses no município de Niterói, consistiriam em ações de inclusão digital. Valemo-nos das conceituações teóricas propostas por Canclini, Cazeloto, Soares, Sorj e Warschauer, entre outros. Estas atentaram para as articulações que relacionam a inclusão digital à exclusão social e consideram relevantes as questões do consumo de informações, do uso competente da leitura e escrita, e do alto percentual de analfabetos totais e funcionais. A pesquisa foi conduzida em cinco telecentros e seis lan houses, com entrevistas e questionários. Para a análise dos dados utilizamos a Teoria de Análise Argumentativa, de Perelman e Olbrechts-Tyteca. Ao final, concluímos que os usos da Internet em telecentros e lan houses não promovem a inclusão digital, no sentido de proporcionar a inclusão social de seus usuários, como pretendido no discurso governamental. Ainda que esses estabelecimentos se constituam em novos espaços para as relações sociais dos jovens, observamos que as ações ali realizadas não interferem na marginalização já instaurada no grupo, evidenciando a precariedade de tais estratégias.
Palavras-chave: inclusão digital, Internet, telecentros e lan houses.
Lan House (Internet cafe) and telecentre: digital inclusion of low-income youngsters?
Abstract
This article presents the results of a piece of research that investigated the relationship between Information and Communication Technologies (ICT) and low-income young Internet users. Our question was whether the uses of the Internet by these youngsters, in telecentros and lan houses in the municipality of Niterói, would constitute digital inclusion initiatives. We have used the theoretical concepts proposed by Canclini, Cazeloto, Soares, Sorj and Warschauer, among others. These concepts observed the links that relate digital inclusion with social exclusion and consider as relevant issues the consumption of information, the competent use of reading and writing and the high percentage of total and functional illiteracy. The research was conducted in five telecentros and six lan houses, with interviews and questionnaires. For data analysis we used the Theory of Argumentative Analysis of Perelman and Olbrechts-Tyteca. Finally, we concluded that the uses of the Internet in telecentros and lan houses do not promote digital inclusion, in the sense of providing social inclusion of its users, as suggested in government discourse. Although these establishments are new spaces for youth socialization, we found that the actions carried out there do not interfere in the marginalization already installed in this group, highlighting the precariousness of such strategies.
Key words: Digital inclusion. Internet. Telecentros and lan houses.
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