Jean-Jacques Rousseau e a formação humana mediante um paradigma musical
Resumo
Título: Jean-Jacques Rousseau e a formação humana mediante um paradigma musical Marlene de Souza Dozol Ananda Maria Maciel Universidade Federal de Santa Catarina Resumo Mediante alguns textos filosóficos e literários do pensador genebrino Jean-Jacques Rousseau, a saber: o romance epistolar Júlia ou A Nova Heloísa, e o escrito de colorações autobiográficas, Os devaneios do caminhante solitário, a intenção do presente ensaio é a de ilustrar uma modalidade de escrita que toma para si o paradigma musical como estratégia de composição para constituir-se em "força" ou "energia" tanto formativa, já que, de um modo bastante peculiar, procura capturar a alma do leitor, quanto autoformativa, pois o autor, simultaneamente, acaba por reconhecer-se nela, na procura apaixonada por si mesmo. A fusão operada por Rousseau entre filosofia e literatura, amparada pelo paradigma musical, desemboca em uma prosa poética, o que nos permite considerá-lo um "crítico de gênero", já que esmaece as fronteiras entre o filosófico e o literário, e também, um retórico, preocupado com a "força" e recusando o "fausto" da linguagem. Ao fazer uso de tal paradigma, sustentado por uma determinada teoria da linguagem, o teórico-artista vai ao encontro do esforço de pensar a educação sob um registro filosófico que acolha outras modalidades narrativas com a finalidade de evidenciar a dimensão estética implícita em toda a ação de formar que atue na promoção dos vários possíveis do humano. Palavras-chave: Formação. Estética. Música. Rousseau. Abstract The intention of this essay is to illustrate, with the Genevan philosopher Jean-Jacques Rousseau, a modality of writing that takes the musical paradigm to itself as composition strategy to constitute itself as force or energy, either formative - once, in a really peculiar way, it seeks to move the reader's soul and to suggest educative implications - or auto-formative, as simultaneously, the author finally recognizes himself in it, in his passionate search for himself. Postulated the first notions on the concept of formation or education linked to its aesthetic dimension, it proposes the exam of some fragments extracted from two written works by Rousseau: Reveries of a Solitary Walker, of autobiographical colorations, and the epistolary novel Julie or The New Heloise. Supported by a certain theory of language, Rousseau meets the effort to think formation or education under a philosophical register that embraces other narrative modalities, which flow into an already poetic prose and into a human formation aesthetic: the one which hears nature's rhythm and pleas in order to promote culture. Keywords: Formation. Aesthetic. Music. Rousseau.Downloads
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