Construction d"une théorie : les représentations sociales\A contrução de uma teoria : as representações sociais

Resumo

A vitalidade da Teoria das Representações Sociais se exprime tanto nas controvérsias e ambiguidades que alimentam seu contexto de existência quanto em sua base geográfica, em plena expansão em diferentes continentes. Ela toma impulso como antropologia cultural, como Moscovici (1989), seu fundador, gosta de chamar, cujo pensamento encontra Sua base entre os grandes autores do iní­cio do século passado (Durkheim, Lévy-Bruhl, Piaget, Vygotski). É nesse contexto que se individualisam, ao longo do tempo, muitas abordagens (estruturalista, princí­pios organizadores das tomadas de posição, etnográfica, abordagem discursiva, lógica natural etc.). A presente reflexão busca examinar a seguinte questão : existe uma coerência entre essas abordagens e os enunciados e tomadas de posição iniciais da teorização? A identificação e a análise dos conceitos norteadores que caracterizam os posicionamentos epistemológicos pretendem dar algumas pistas para a resposta. Globalmente, a discussão tenta mostrar uma certa articulação entre as propostas fundadoras, os conceitos fundamentais sobre os quais se desenvolve a Teoria das Representações Sociais, assim como o papel central que aí­ desempenha o conceito de construção social. A exploração de numerosos textos de referência sugere que as diferentes abordagens expressam seu compromisso com esses fundamentos, e mais facilmente com o da construção social do que com aquele que concerne a relação com o real. Também que, as ambiguidades que não deixam de se impor soulí¨vent a questão da la maneira pela qual os perquisadores podem escapar à l"emprise do positivismo. Todos, aliás, reconhecem o papel aglutinador dessa teoria, que escapa aos limites disciplinares e favorece uma espécie de vai e vem entre as disciplinas, conduzindo a uma hibridização entre elas, garantindo seu enriquecimento. Palavras-chave: Representações sociais. Socioconstructivismo. Relação para com o REAL. Abordagens atuais. Pressupostos epistemológicos. Paradigma. La vitalité de la théorie des représentations sociales s"exprime aussi bien dans les controverses et les ambiguí¯tés qui animent son contexte de vie que dans son ancrage géographique en pleine expansion sur les différents continents. Elle prend son essor en tant qu"anthropologie culturelle, comme Moscovici (1989), son fondateur aime à l"appeler et dont la pensée trouve son assise chez les grands auteurs du début du sií¨cle dernier (Durkheim, Lévy-Bruhl, Piaget, Vygotski). C"est dans ce contexte que s"individualisent, au fil du temps, plusieurs courants (structuraliste, principes organisateurs, ethnographique, approche discursive, logique naturelle, etc.). La présente réflexion tente d"examiner la question suivante : existe-t-il une cohérence entre ces courants et les énoncés et prises de positions initiales de la théorisation? L"identification et l"analyse de concepts cardinaux caractérisant les positionnements épistémologiques visent à donner quelques pistes de réponse. Globalement, la discussion tend à montrer une certaine articulation entre les propos fondateurs, les concepts fondamentaux sur lesquels se développe la théorie des représentations sociales ainsi que le rôle central qu"y joue le concept de construction sociale. L"exploration de nombre de textes référencés tend à montrer que les différents courants expriment leur attachement à ces fondements, et plus aisément à celui de la construction sociale qu"í  celui concernant le rapport au réel. Aussi, les ambiguí¯tés qui ne manquent pas de s"imposer soulí¨vent la question de la manií¨re dont les chercheurs peuvent, échapper à l"emprise du positivisme. Tous, par ailleurs, reconnaissent le rôle fédérateur de cette théorie qui échappe aux limites disciplinaires et favorise une sorte de va-et-vient entre les disciplines conduisant à une hybridation entre elles garante de son enrichissement. Mots clés : Représentations sociales. Socioconstructivisme. Rapport au réel. théorie, courants. présupposés épistémologiques. Paradigme.