Os Limites das Categorias Heteronormativas no cotidiano escolar e a Pedagogia Queer: o caso do uso do banheiro
Resumo
Este trabalho tem como objetivo mapear a heteronormatividade como dispositivo sexual e as diferenças como possibilidade de uma pedagogia queer (LOURO,2001) no ambiente educacional universitário a partir de uma experiência vivenciada pelos alun@s do curso de Licenciatura em Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, campus São Bernardo tendo como viés de análise o paradigma Pós-Estruturalista e a Teoria Queer. O estudo de caso refere-se ao episódio em que um visitante do campus homossexual masculino que se sentiu mais à vontade em usar o banheiro feminino gerou uma desestabilização entre @s alun@s do referido curso acerca dos pares categoriais ficcionais, dicotômicos excludentes de sexo (macho-fêmea), gênero (homem-mulher) e sexualidade (heterossexual-homossexual) expressados na arquitetura escolar rígida, determinada pelo padrão heteronormativo que não possui espaço para outros corpos que rompam com os binarismos, em especial o banheiro. Como consequência dessa desestabilização @s alun@s se sentirem "violentad@s" e "ofendid@s" pela ação do visitante, mas ao mesmo tempo, sem conseguir explicar com clareza o porquê de tal sentimento. A metodologia utilizada se deu a partir de observação direta e conversas informais com os alunos, de maneira coletiva e individual, bem como debates travados em sala de aula. A partir dessa situação limite foi possível compreender que o gênero foi entendido pelos alu@s enquanto equivalente e/ou igual a órgão sexual e não enquanto uma construção social, simbólica e política sobre os corpos, gêneros e sexualidade.Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo para publicação na Revista Educação e Cultura Contemporânea, o (s) autor(es) concordam com os seguintes termos:
I. O(s) autor(es) e o(s) eventual(is) coautor(es) conhecem e declaram concordar com as políticas editoriais da revista para a publicação de artigos e com os termos e diretrizes a seguir;
II. Os autores garantem que o trabalho não foi publicado anteriormente em meio eletrônico ou impresso, tampouco encaminhado para publicação em língua portuguesa em outros periódicos. Também asseguram que todos os autores participaram na elaboração intelectual de seu conteúdo;
III. Os artigos publicados representam, exclusivamente, a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição da Revista Educação e Cultura Contemporânea ou do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá;
IV. É responsabilidade do(s) autor(es) assegurar que o manuscrito não contenha elementos que revelem sua identidade, garantindo a revisão cega durante o processo de avaliação por pares. Para isso, devem ser adotadas as seguintes medidas: remover nomes de autores, afiliações institucionais e quaisquer informações pessoais do corpo do texto e das notas de rodapé; substituir referências à própria produção por termos neutros, como “Autor(a)” ou “Autor(a), ano”, evitando citações que permitam a identificação; nomear o arquivo de submissão de forma neutra, sem mencionar o nome do(s) autor(es); e excluir metadados do documento que possam identificar a autoria (ex.: propriedades do arquivo em editores de texto).
V. O responsável pela submissão deve certificar-se do preenchimento completo e correto das informações de todos os colaboradores, conforme solicitado no sistema de submissão, incluindo: nome completo, filiação institucional atualizada, e-mail, link para o currículo Lattes (para participantes brasileiros), ORCID e minicurrículo;
VI. O(s) autor(es) comprometem-se a submeter o manuscrito utilizando exclusivamente o template oficial disponibilizado pela Revista Educação e Cultura Contemporânea (REEDUC), assegurando o cumprimento integral das normas de formatação exigidas. Isso inclui a padronização de margens, fonte, espaçamento, estilo de citações e referências bibliográficas, conforme descrito nas Diretrizes para Autores. Submissões fora do padrão estabelecido poderão ser rejeitadas ou devolvidas para ajustes antes do encaminhamento à avaliação por pares.
VII. Caso tenha sido utilizado algum recurso de inteligência artificial (IA) durante a elaboração do manuscrito, o(s) autor(es) deve(m) declarar esse uso, seguindo as orientações do template e da seção "Declaração de Direito Autoral", disponíveis nesta página.