Influência Digital ou Colonial? Uma análise pós-colonial sobre os conflitos identitários vivenciados pela influenciadora digital Camila Coelho

Autores

  • Carolina Brandão PUC-Rio
  • Thuanne Baptista PUC-Rio
  • Roberta Campos Coppead/UFRJ
  • Marcus Hemais PUC-Rio

Palavras-chave:

Pós-colonialismo, Colonialidade, Blog de moda, Influenciadora Digital

Resumo

Baseando-se na perspectiva pós-colonial, o presente estudo visa analisar como uma influenciadora digital brasileira, particularizando o caso de Camila Coelho, vivencia conflitos identitários causados por sua auto-colonização, dado que a mesma busca valorizar e ser como as suas referências dos Estados Unidos (EUA), mas não deixa de manter laços com a sua realidade associada ao Brasil. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, norteada pela perspectiva pós-colonial, usando como base o blog de moda e o Instagram da influenciadora. A análise permitiu entender que os conflitos de Camila Coelho começam pelo fato de a influenciadora ser uma brasileira, mas residente e profissional bem sucedida nos EUA. Por isso, valoriza o povo, a lí­ngua e as marcas dos EUA e da Europa, mas não deixa de manter proximidade com os brasileiros, o português e as marcas do Brasil. A influenciadora, portanto, não consegue se firmar em nenhuma das duas realidades, o que é explicado pelo processo colonial que ela vivencia, a partir do qual jamais se tornará igual ao seu colonizador, mas também não sendo possí­vel mais ser similar a seus pares colonizados.

Downloads

Publicado

2022-12-16

Como Citar

Brandão, C., Baptista, T., Campos, R., & Hemais, M. (2022). Influência Digital ou Colonial? Uma análise pós-colonial sobre os conflitos identitários vivenciados pela influenciadora digital Camila Coelho. Revista ADM.MADE, 26(1), 053–067. Recuperado de https://mestradoedoutoradoestacio.periodicoscientificos.com.br/index.php/admmade/article/view/10831

Edição

Seção

Artigos